quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Jekyll e o Hyde em nós!


Robert Louis Stevenson nos deu uma das maiores obras primas da literatura clássica do horror: Dr. Jekyll e Mr. Hyde.(Pt. O Médico e o monstro) Ele foi, juntamente a Mary Shelley (FRANKENSTEIN) e Bram Stoker (DRACULA) um grande mestre da literatura gótica.
O protagonista tem dois "eus" dentro de sí. Dr. Jekyll é um homem, um médico que sofre reprimidamente por valores éticos e morais que impulsionam sua vida. Mr. Hyde porém, era repulsivo, sem escrúpulos, sem ética e sem moral, era o monstro, que assumia a personalidade do médico para que este pratique seus "podres" sem ter consciência de seus feitos. Jekyll (pronuncia-se parecido com i kill, eu mato em inglês) tem dentro de sí Mr. Hyde (som parecido com hide, escondido em inglês).
Creio que esta obra de Stevenson é uma metáfora perfeita do ser humano. Todos nós somos Jekylls, e dentro de nós existe nosso Hyde pronto para sair e por suas garras para trabalhar. Isso é, todos nós temos uma inclinação desde o nascimento para o mal, todos somos meio monstros. Todos nós temos a graça e o amor de Deus e uma natureza corrompida pela nossa própria concupiscência, cabe a nós lutarmos contra o monstro dentro de nós.
Convém observar também que na obra parece não existir uma oposição perfeita entre Jekyll e Hyde. Hyde foi definido como pura essência maligna, enquanto não se sugere que Jekyll seja "pura essência benigna”. Assim somos nós. Se formos ver, só temos pecados e misérias para dar, por isso devemos procurar transformar-nos em pura essência benigna. Devemos aspirar a ascese e por ela batalhar. Mas isso podemos ter certeza, Jekyll e Hyde subsistem em nós! Qual vamos nos tornar definitivamente cabe a nós a decisão.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Desespero


É natural do ser humano desesperar-se. Desesperamo-nos por algo que deu errado, desesperamo-nos por algo que ainda nem aconteceu, afinal vivemos desesperados. O desespero diário pode não chegar ao extremo mas ele está alí, presente no dia-a-dia. Quem nunca desesperou-se, preocupado com a prestação a pagar ou com os gastos excedentes? Bem, naturalmente o ser humano é desesperado. Resta nos saber: O desespero é bom, uma vantagem, uma qualidade, ou é uma imperfeição, um defeito? Segundo Kierkegaard que escreve um livro inteiro sobre o assunto, o desespero é ambos(vantagem e desvantagem) em pura dialética.

Vamos entender melhor? Se nós tomarmos o desespero por uma visão geral, uma idéia abstrata, sem ser um caso específico ele é uma vantagem, uma qualidade. O sentimento de desespero nos põe acima dos animais, pois o desespero é consequência de consciência, dando assim ao homem, o status de animal pensante, de uma criatura consciente, diferente dos outros animais inconscientes. Para Kierkegaard o cristão ainda tem uma vantagem a mais quanto ao desespero, pois este sabe passar pelo sentimento com uma "força" divina, ajudando-o a superar.

O desespero, porém, também é imperfeição pois é devido ao desespero que se comentem as maiores atrocidades. O desespero é a maior das misérias, é a nossa perdição, para o filósofo. Devido ao desespero o homem comete as maiores loucuras da vida, as vezes colocando o virtual diante do real, ou simplificando, pondo o carro na frente dos bois, pois é no desespero que se cometem assassinatos, suicídios, crimes hediondos e muitas outras coisas miseráveis e perdidatórias ao ser humano.

E como ficamos quanto a isso? Vale a pena o desespero?Filosofando um pouquinho sobre estas idéias de Kierkegaard proponho uma nova teoria. Não é necessário desesperarmo-nos para provar que somos conscientes, e sim provamos nossa consciência lutando contra o desespero nao nos deixando ser alcançados por ele, pois afinal, pra que desesperar-se. Creio que mostremos mais inteligência se alcançarmos paz e tranquilidade mesmo com todos os problemas, procurando encontrar soluções para estes. Afinal, em minha opinião particular, Deus sempre cuida de nós,não sendo necessário o pânico e o desespero, pois O Choro pode durar uma noite, mas a alegria vem no amanhecer. Slm 30,5.


Não desespere, mostre-se inteligente, viva consciente!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Amor Patria ou apenas ao Futebol?



Nós brasileiros amamos nosso país? Você pode me dizer que sim, afinal, nas copas do mundo o Brasil até para para assistir os jogos da seleção! Isso não é amor ao país, não é patriotismo, e sim amor ao futebol. Tenho que confessar que eu era uma pessoa fissurada na cultura norte-americana. Pra mim, só os filmes, livros, músicas, comidas, a história e tudo o mais da terra do Tio Sam era que eram boas. Minha opinião começou a mudar aos poucos. Temos cantores muito bons, uma história magnífica, filmes bons, autores inteligentíssimos, nossas comidas são boas e nossa cultura é rica e plural,nossas paisagens e natureza estão entre as maravilhas mais belas do mundo e isso nos torna especiais. Nós não temos amor a nossa pátria não! Se tivessemos amor, não seriamos conhecidos lá fora por termos: "Bunda, caipirinha, carnaval e futebol!" Por que você acha que os Estados Unidos tem este poder todo? As pessoas vestem a bandeira de sua nação. Toda casa norte-americana tem uma bandeira do país do lado de fora, enquanto no Brasil só penduramos as bandeiras nos jogos da copa do mundo. Não tenho nada contra o futebol. Devemos amar nossa seleção, amar nosso futebol, pois ele é do nosso país.
O Brasil é um tesouro. Quantas pessoas sabem cantar o hino nacional de cor? Vou ser sincero, eu não sei. Agora quantas pessoas tem produtos norte-americanos (Cds, filmes, livros, roupas) em sua casa? Eu tenhoooo. Esse quadro deveria mudar. Deveríamos valorizar mais nosso Brasil, nossa terra, nossa "pátria amada"! Amemos o Brasil, e assim amemos nosso futebol, nossa música, nossa cultura!!!Invistamos em nossos talentos, em nossa fauna, em nossa fauna, em nossa cidade, em nosso bairro, em nossa educação, em nossa POLÍTICA para sermos além do pais do futebol, o Brasil, país dos Brasileiros que amam sua "Pátria Amada!"